domingo, 14 de outubro de 2012

Museu do amor, monumentos feitos de lembranças.

Então criei um mundo paralelo onde nós saberíamos compreender um ao outro. Nossos abraços eram repentinos e a cada beijo alguém fotografava. Era muito estranho e complexo, ao mesmo tempo bom e perfeito. Tipo o amor, que mesmo com suas dificuldades proporcionava felicidade instantânea.
É difícil explicar porque um sentimento só traz tantas coisas a uma pessoa ou não sei se somos nós que complicamos esse tal de amor. 
Resolvi então criar dois mundos, o meu separado do teu e percebi que a saudade era o rio que separava nosso mundos, nossas cidades.. e que mesmo com uma dificuldade nós nos amávamos acima de tudo. Percebi então que no amor também tem isso, a dificuldade e alguns obstáculos que nós temos que ver se vale a pena ultrapassá-los pela pessoa que está do outro lado nos esperando. E aproveitando todo esse poder de ''criar'' que eu estava tendo, fiz um museu em minha memória de tudo que vivemos, passamos e gostamos. Guardei nesse museu em forma de monumentos desde suas manias bobas como de estralar o dedo pra me irritar até os ''eu te amo'' que eram ditos da boca pra fora sussurrados em meu ouvido naquela noite fria, fria como era o nosso amor depois de tudo que passamos. 
Aproveitei e criei um saguão especial no tal museu, coloquei lá o amor que eu sentia por você e lá está ele, intacto ao tempo e a tudo que se possa imaginar. Aquele amor ou o resto de todo o amor que eu sentia por você. Em volta daquele amor nem precisa de refletores para iluminar algo como se fosse uma luz para aquela obra, porque aquele amor tinha luz própria, um brilho intenso, fazia parte até porque aquele amor tinha tudo que você possa imaginar, ou talvez você nem enxergue isso ou veja de maneira diferente, como sempre fez. 
No fim do museu tem uma placa com nossa estória, fotos e textos em recordação a tudo que passamos, tudo detalhado, tudo. Logo após uma peça de quebra-cabeça gravado com meu nome, e outra peça meio longe daquela gravado o teu nome, assim, bem distantes, pra demonstrar como é o nosso amor agora. Distante mas com uma possibilidade de se unir novamente, ou quem sabe eu esteja me iludindo mais uma vez e deixando essa ilusão como mais uma parte para o museu lindo de recordações daquilo que eu chamo de ''nós juntos.''



Laura Saraiva

quarta-feira, 10 de outubro de 2012




To crescida demais já pra entender que a pessoa que eu confio pode me decepcionar, que o abraço que eu ganho pode ser falso e que nem todo mundo te aceita do jeito que tu é. Sou bem sábia pra ver através do olhares e sentir que a pessoa não gostou de mim ou que talvez ela possa me odiar por algum motivo que seja lá o que for. 
Tenho a cabeça feita e os ouvidos apurados pra captar se o som que ecoa
 nele é do bem, do mal, duvidoso ou até otimo de se ouvir. Tenho uma pedra no lugar do coraçao sim, mas é por tudo que eu vivi e quem sabe alguém venha à esculpir esse coraçao de pedra e da-lhe vida a algo que aceite o amor como ele é e não como aparenta ser depois de tantas promessas não cumpridas e tantos tapas em meio a turbulências no qual está gravado nele em forma de tatuagem, só pra lembrar que não vale a pena sofrer por aquilo de novo. To bem entendida da vida já, ou quem sabe dou uma de quem entendo, porque cada dia algo novo nos fascina e nos deixa entrigados, afinal, o que é viver pra você?






Laura M.

sábado, 6 de outubro de 2012

Errar, pedir desculpas.. pedir desculpas por um erro que não foi meu.

O erro foi eu te amar demais, acho que foi isso. Te amei desde o primeiro momento e achei que poderia dar certo.. coitada de mim, achei demais! Te amei mesmo não querendo amar, te amei quando era pra te odiar, te amei pensando em nós, me adequei aos teus modos e me ajeitei no seu estilo só pra não haver desavenças entre nós. Eu fiz o possível e o impossível. Larguei costumes e manias, vivi somente para ti. 
Errei muito, me consertei pra você, mas acho que não era o que você queria, ou talvez era tudo muito certo e acabou dando errado a minha estupida mania de querer fazer e ser o melhor. 
Errei quando escutei aquela música e encaixei nossa história inteiramente nela, e que por pior que seja é impossível não vim sua feição em minha mente quando eu dou play na música e aquela sensação de me torturar escutando ela me possui, uma tortura estranha, que me mostra que eu não tenho mais você e passa um filme cheio de cenas erradas e anormais em meus pensamentos. 
Me desculpa se já escrevi meu nome e coloquei teu sobrenome no final, ou se eu imaginei num futuro muito distante as nossas vidas entrelaçadas de uma forma que jamais vai acontecer, é. 
Desculpa ainda por te amar mais do que devia, mais do que você merecia, mais mais.. sempre mais. E nunca esse ''mais'' retribuído, acho que foi por isso que peguei trauma de todas as coisas e afetos relacionados ao amor, ou quem sabe eu que coloquei na minha mente que o amor seja ruim, péssimo, decepcionante.. Que raiva! Olha só o que você fez, deu sentidos diferentes há um sentimento que deveria trazer paz e alegria, lembranças boas e não lágrimas, você não faz nada certo mesmo.. nunca fez, nunca irá fazer. Porque? Porque tu é o mesmo cara errado que insiste em coisas que nunca vão dar certo, que insiste em hipóteses que não tem sentido e que nunca deu devido valor ao que tinha em mãos. 
Quer saber? Retire as desculpas, e considere os meus erros e o principal que foi de te amar. Quem é e foi o mais errado dessa estória que nós protagonizamos foi você, mas tu não percebes isso, e nunca irá perceber, porque é duro, tem o coração feito pedra.. e assim que eu estou me tornando, aprendi com você e acho que foi convivência.


Laura M.