quarta-feira, 13 de março de 2013

Desajeitado, estranho, amor.

"Te amo num tom desajeitado, todo parecido com a minha vida. Desajeitada. Não é um sentimento totalmente exposto, porém, demonstrado por pequenos gestos, gestos que você talvez ignore ou realmente não entenda, mas tá tudo lá, cheio de amor.. desde o abraço até o oi, desde o sorriso trocado entre olhares até o momento que eu te xingo de idiota. E ta aí, é estranho e ao mesmo tempo melhor do que qualquer tipo de amor que fica por aí exclamando "eu te amo" por todo o canto e fica aquela melação toda. Claro, amor que é amor tem sua melação, mas vamos combinar que muita enjoa, porque melação vem de mel, e mel é doce, doce enjoa.. e a ultima coisa que eu quero nessa vida é enjoar de você. Ao contrário, eu te desejo como uma droga, ou uma simples xícara de café que eu insisto em querer tomar antes de dormir, mesmo sabendo que vai me prejudicar e ao mesmo tempo vai ser a melhor coisa do mundo. Você é uma droga por completo. E sabe de uma coisa? Eu gosto disso tudo. Eu gosto dessa droga, dessa bagunça, dos xingamentos e das risadas jogadas ao vento sem nem motivo ou razão. Eu gosto do amor diferente que há entre a gente, mesmo nós não assumindo que há amor, tá na cara, no olhar, no sorriso, no jeito de se expressar.. negamos à nos mesmo para não ter que encarar a dor de novo, e cá entre nós, é foda né? Sabemos. Por isso evitamos. Alias, vamos deixar esse assunto pra lá. Sabemos que há amor, e não importa o quão idiota seja, a maneira, o jeito, a forma de expressar.. há amor, e quando se há amor não importa mais nada. Agora só me diga que nunca vai deixar de dar essa sua risada frouxa perto de mim, porque é dela que eu lembro sempre antes de dormir e fico pensando no quão perfeita ela é. E na verdade, tudo que vem de você tem esse tom de perfeição, por mais que não seja, tem. E meu coração guarda todos esses tons, acredite. Que amor desajeitado, não?"